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A estação de Casa Branca é pequena e calorosa e todas as casas são brancas dando jus ao nome da aldeia, são o espelho de tranquilidade onde se reflete o azul do céu e o verde dos campos planos sem fim que a rodeiam. Foi em tempos um dos principais pontos das linhas ferroviárias alentejanas, sendo hoje ainda um importante ponto de ligação e troca de percursos e caminhos. Um painel de azulejos dá cor e alegria à aldeia. Da estação avistam-se hortas cuidadas, com todos os tipos de vegetais e legumes, há árvores de fruto, laranjeiras e pessegueiros, que libertam aromas e perfumes de encantar. Os pessegueiros estão em flor e são lindos de se ver. O funcionário da estação diz que a horta mais bonita é a dele e indicou-me o caminho para lá para eu comprovar, e é mesmo. Ouvem-se os pássaros a cantar e sabe bem-estar aqui sentada à sombra no meio das hortas. Aqui cheira a ar puro, calma e harmonia e pode-se pensar e relaxar em paz.
Avançando pelas poucas ruas que constituem a aldeia, avisto um pastor com as suas ovelhas, tem cerca de 14 e diz que naquela aldeia as pessoas são muito trabalhadoras e passa-se o tempo a trabalhar. É uma aldeia de gentes humildes e acolhedoras, aqui todos sabem quem é o vizinho e mais, aqui falam, conhecem-se e são amigos. Juntam-se em convívios animados na tasca ou no café e no restaurante, os únicos que vi neste meu passeio e onde se comem belos manjares e petiscos. Há um minimercado que tem de tudo um pouco, o dono é muito simpático e mostrou-me onde faz o pão e os bolos secos que vende e que são uma maravilha ao paladar.
Já no final do dia acompanhei umas gentes que caminhavam por ali, fazem caminhadas todos os dias e alguns deles faziam também BTT, há grupos e percursos definidos pela aldeia e pelas redondezas, pelos caminhos de terra que acompanham os campos verdejantes. Ficou combinado para uma próxima ir participar num deles.
Inês Isabel Figueiras Paulo Saúde Manuel, embaixadora Janela CP.
Veja aqui as fotos que completam o roteiro.